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De onde vim (2/3)

2 min readAug 25, 2016

Vim do Interior. De Campinas, uma cidade com 1 milhão de habitantes que de tão próxima da capital se sente como. É um bom lugar; a aparência é limpa e o trânsito não chegou ao insuportável, mas como toda São Paulo — talvez por impressão pessoal ou os 20 anos de governo psdb -, me parece esnobe. Talvez seja uma impressão de um coração fluminense, mas pra lá eu não volto mais. Aos domingos as ruas são perigosas porque não há quem as ocupe, e o transporte público é ineficiente. As idosas não se vê nos bares, e na sexta à noite não há por onde esbarrar com conhecidos. A não ser que queira desembolsar alguns reais para uma festa exclusiva que de única tem só o nome. Mas ainda assim, é um bom lugar. Não é tão caro, e onde vivem meus amigos do peito e minha querida família. Então apesar da repulsa depois de conhecer o que tem além da fronteira, sempre volto de mês em mês para me certificar de que está tudo bem. Vim também do berço de uma grande família, dividida entre “família da minha mãe” e “família do meu pai” desde tão cedo que nem me lembro quando. Apesar das suas diferenças, família é família, com os encontros barulhentos e os primos-irmãos. Falando nisso, sou um dentre oito. Sim, oito. Da minha mãe, o sexto mais novo. Do meu pai ainda somam duas mais novas, que pra mim distinção não há. De lá ou de cá, o apoio é contínuo em minhas escolhas, e a torcida para meu trajeto educacional e profissional é reforçado a cada vez que retorno e minha tia pergunta “e a faculdade?”. Os amo. Vale dizer que serei o primeiro a me formar em uma universidade federal.

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